Lastro no Al Janiah

PROGRAMAÇÃO COMPARTILHADA

A parceria entre a plataforma Lastro e o Al Janiah se deu a partir de pontos de encontro entre as duas iniciativas, uma vez que ambas abarcam múltiplas frentes de atuação cultural, política e social em comum. Enquanto plataforma criadora de redes e espaço que oferece cultura, lazer e oportunidades profissionais para refugiados e imigrantes, Lastro e Al Janiah juntaram forças e criaram momentos de trocas culturais e políticas na cidade de São Paulo, entre os anos de 2017 e 2018. Artistas, pessoas que conduzem pesquisas, ativistas e agentes atuantes em variadas áreas compuseram o evento A quebra do sistema, com a curadoria de Leonardo Araújo e Luiza Mader, que contou com intervenções artísticas, uma festa de inauguração com a presença de musicistas e DJs, mostra de vídeos, falas e debates. O valor recolhido com a bilheteria foi revertido para a plataforma Lastro e investido na recuperação de sua base de dados que abriga artistas e coletivos da América Latina.



Lastro + Al Janiah

The partnership between the Lastro platform and Al Janiah occurred from meetings between the two initiatives, as both approach multiple fronts of cultural, political, and social action in common. As a platform that creates networks, and a space that offers culture, leisure, and professional opportunities for refugees and immigrants, Lastro and Al Janiah joined forces and created moments of cultural and political exchange in the city of São Paulo, between the years of 2017 and 2018. Artists, people who conduct research, activists, and active agents of various fields made up the event A queda do sistema (“System crash”) , which included artistic interventions, an inauguration party with the presence of musicians and DJs, the exhibition of videos, speeches and debates.  The value collected from admission was reverted to the Lastro platform and invested in the recuperation of its database, which hosts artists and collectives from Latin America.



︎ Exposição: A quebra do sistema (2017)

Em um momento de ascensão de governos de direita, desarticulação da esquerda e desabamentos democráticos, quebrar o sistema significa gerar modos possíveis de (re)existência e insurgência. Dessa forma, A quebra do sistema propôs um caminho possível para ativações artísticas, educativas e políticas que buscam ampliar o debate sobre a “crise” e uma potencial “quebra” dos sistemas político e econômico no contexto em que vivemos. Em um momento de ascensão de governos de direita, desarticulação da esquerda e desabamentos democráticos, quebrar o sistema significa gerar modos possíveis de (re)existência e insurgência. Além disso, a exposição se deu como possibilidade de encontro e criação de novos atalhos por meio da educação, da atuação política na web e, principalmente, do confronto entre pensamentos e práticas dissidentes.


︎ Participantes da exposição

Adriano Rampazzo (São Paulo, Brasil)
Camille Laurent (França)
Clara Ianni (São Paulo, Brasil)
Cristina Ribas (Porto Alegre, Brasil)
Daniel Jablonski (franco-brasileiro)
Edições Aurora (São Paulo, Brasil)
Escola da Floresta (São Paulo, Brasil)
Graziela Kunsch (São Paulo, Brasil)
Gustavo Speridião (Rio de Janeiro, Brasil)
Ícaro Lira (Fortaleza, Brasil)
Joélson Bugila (Criciúma, Brasil)
Jorge Menna Barreto (Araçatuba, Brasil)
Lourival Cuquinha (Olinda, Brasil)
Marie Ange Bordas (Porto Alegre, Brasil)
Marília Furman (São Paulo, Brasil)
Maura Grimaldi (São Paulo, Brasil)
Coletivo O Nome do Boi (Brasil)
Pedro Victor Brandão (Rio de Janeiro, Brasil)
Pepi Lemes (São Paulo, Brasil)
Pontogor (Rio de Janeiro, Brasil)
Roberto Winter (São Paulo, Brasil)
Simon Fernandes (São Paulo, Brasil)
Tiago Santinho (São Paulo, Brasil)
Traplev (Caçador, Brasil)
Vijai Patchineelam (Niterói, Brasil)
Vitor Cesar (Fortaleza, Brasil)





︎ Programação

Mesa: Sistemas Móveis Fraturas Fixas
· A quebra após o (sis)tema, com a tecnóloga, articuladora tecnopolítica e artista multimídia Fernanda Monteiro (São Paulo, Brasil):Não é que não esteja sendo feito, ou não esteja certo. Apenas não é tudo. Tudo muito vasto, especialmente em um bioma tão complexo quanto a internet. Foi através dela que construímos iniciativas ciberfeministas pioneiras na quebra de opressões históricas e, mesmo assim, elas não foram suficientes. Não porque são poucas quebras, mas por serem sistemas demais.


· Desobediência econômica, com o pesquisador e artista Pedro Victor Brandão (Rio de Janeiro, Brasil):
A fala abordou brechas no sistema capitalista a partir de três casos históricos envolvendo expropriação, liquidação de dívidas e economia pós-escassez. Forças e fragilidades foram apontadas no intuito de visualizar a dissolução de poderes percebidos como sólidos, em meio a uma crise permanente.


· Ativismo de sofá, com o artista e editor Roberto Winter (São Paulo, Brasil)


· Festa
Show: Santa Mala (Bolívia) + Rakta (São Paulo, Brasil)
Djs: Cami Layé Okún (Colômbia) + Bruno Queiroz (Rio de Janeiro, Brasil) + Pedro Barbosa (São Paulo, Brasil)


· Debate: Qual sistema?
Representantes de grupos, coletivos, espaços e ações culturais autogeridas atuantes nos extremos da grande São Paulo discutiram e se perguntaram: “Qual o sistema que se deseja quebrar com nossas práticas? Que sistema estamos construindo?”.
- Participantes: ColetivA OcupaçãoA BancaCompanhia Bueiro AbertoProjeto Viela Aonde é o rolê?



FICHA TÉCNICA
Curadoria: Beatriz Lemos (Rio de Janeiro, Brasil), Leonardo Araujo (São Paulo, Brasil) e Luiza Mader (São Paulo, Brasil)
Produção: Equipe Al Janiah