Lastro na Oswald
A parceria entre a plataforma Lastro e a Oficina Cultural Oswald de Andrade aconteceu ao longo dos anos 2017-2018 na cidade de São Paulo e foi marcada por uma série de ações que compuseram a programação da instituição: abertura ao público da Biblioteca Lastro e a continuidade de sua catalogação; um ciclo de aulas sobre arte na América Latina ministradas por Beatriz Lemos, em colaboração com artistas e imigrantes da América Latina residentes na cidade de São Paulo que conduzem pesquisas e produções de informação e conhecimento; uma programação de palestras quinzenais com artistas, agentes de pesquisas e ativistas políticos; a coleção Cartazes Lastro na Oswald e o início do Grupo de Estudos Lastro, que realizou a mostra Estação de trabalho (2017). As ativações na Oswald tiveram como foco as lutas e produções político-culturais realizadas por pessoas atuantes nas comunidades de imigrantes e LGBTQI e nos movimentos indígenas e negros.
Lastro at Oswald
The partnership between the Lastro platform and the Oficina Cultural Oswald de Andrade took place throughout the years of 2017-2018, in the city of São Paulo, and was marked by a series of actions that composed the institution’s programming: the opening up of the Lastro library to the public, and the continuation of its cataloguing; a cycle of classes about Latin America conducted by Beatriz Lemos, in collaboration with artists and immigrants from Latin America who reside in São Paulo and who conduct research and productions of information and knowledge; a program of biweekly talks with artists, research agents and political activists; the collection Cartazes Lastro at Oswald and the beginning of the Lastro Study Group, which realized the exhibition Estação de trabalho (“Work station”) (2017). The activations at Oswald focused on the struggles and political-cultural productions realized by people who are active in immigrant and LGBTQI communities, and well as the indigenous and black movements.
︎ Aulas colaborativas dos 10 anos da plataforma Lastro
O ciclo de aulas que ocorreu entre os meses de abril a julho de 2017 consistiu em encontros sobre arte, cultura e política contemporânea de países que compõem a plataforma. As aulas foram ministradas por artistas e pessoas atuantes em diversos campos investigativos oriundas dessas localidades, além de agentes do Brasil que participaram das residências Lastro.
Programação/participantes
· Aula sobre Guatemala, com a curadora Catarina Duncan (Rio de Janeiro, Brasil)
· Panamá, com o artista Pedro Victor Brandão (Rio de Janeiro, Brasil)
· México, com o artista Miguel Pérez (San Pedro Cholula, México) e a curadora e pesquisadora Olivia Ardui (Bruxelas, Bélgica / São Paulo)
· Colômbia, com o artista Carlos Monroy (Colômbia)
· Argentina, com o artista Martin Lanezan (Buenos Aires, Argentina)
· Chile, com a ativista Andrea Carabantes (Chile) e os curadores Guillermina Bustos (Córdoba, Argentina) e Jorge Sepúlveda (Chile)
· Paraguai, com a artista Lilian Camelli (Ypacaraí, Paraguai)
· Cuba, com o artista J. Pavel Herrera (Havana, Cuba)
· Equador, com a percussionista Emilia Desiré (Los Angeles, EUA / Equador)
· Venezuela, com a artista Suwon Lee (Caracas, Venezuela)
· Bolívia, com a ativista Jobana Moya (Bolívia)
︎ Conversas
Também foram realizados encontros com artistas e agentes cujo campo investigativo abarca temáticas que dialogam com as produções artísticas/curatoriais estudadas pelo Grupo de Estudos, tais como: gêneros e sexualidades dissidentes; espiritualidades e racialidades; migração e resistência política.
Programação/participantes
· Conversa sobre a Residência Materia Gris, com a curadora Maria Teresa Rojas (La Paz, Bolívia)
· Trajetória artística na diáspora e o impacto da migração como fenômeno social, com o poeta Ermi Panzo (Bengo, Angola)
· Al janiah: espaço de resistência e cultura, conversa com Hasan Zarif (Al Janiah, Cisjordânia), proprietário do Al Janiah e ativista da luta palestina
· Arte, literatura, pesquisa, mulheres e negritude, com a artista Aline Motta (Niterói, Brasil) e a pesquisadora Maitê Freitas (São Paulo, Brasil)
· O corpo como limite à ética moderna, com a psicanalista Claudia Holanda (Lagoa da Confusão, Brasil)
· Dinâmicas de concepção de serviço e poder nos povos andinos, com o sociólogo Wilbert Villca López (Bolívia, de origem quéchua)
· Departamento de la comida, com as artistas Isabel Gandía (San Juan, Porto Rico) e Tara Rodríguez Besosa (San Juan, Porto Rico)
· Arte conceitual e conceitualismos em trânsito: intercâmbios artísticos entre Brasil e Argentina na década de 1970, com a pesquisadora e crítica de arte Luiza Mader (São Paulo, Brasil)
· Literatura fancha, com a escritora Cecília Floresta (São Paulo, Brasil)
· Processos artísticos em Guatemala, com o artista Edgar Calel (Comalapa, Guatemala)
· Nossos corpos em trânsito, com Jialu Pombo (Rio de Janeiro, Brasil), e o artista Rao Ni (Fortaleza, Brasil)
· Exibição do curta Dona Vilma e conversa a diretora Vanessa Oliveira (Londrina, Brasil) e a ialorixá Mãe Regina de Yemonjá (São Paulo, Brasil)
· Transmasculinidades e corpos não binários, com artistas Caio Jade (Guarulhos, Brasil), Jonas Van Holanda (Fortaleza, Brasil), Naná DeLuca (Santos, Brasil), Odaraya Mello (Rio de Janeiro, Brasil) e Tao Bruni (São Paulo, Brasil)
· Representatividade TRANS, com os artistas Ariel Nobre (Rio de Janeiro, Brasil) e Lino Arruda (São Paulo, Brasil)
· Lesbianidades: arte, escrita e pesquisa, com as artistas e escritoras Bárbara Esmenia (São Paulo, Brasil), Camila Couto (Curitiba, Brasil), Cecília Floresta (São Paulo, Brasil), Mariana Pacor (Rio de Janeiro, Brasil) e Natalia Rosa (Cuiabá, Brasil)
· Lançamento do livro IMPLOSÃO reúne conversas entre gentes ditas etnografáveis, com os editores Cíntia Guedes (Campina Grande, Brasil) e Amilcar Packer (Santiago, Chile) + duas das pessoas entrevistadas na publicação, a fotógrafa e cineasta Vanessa Oliveira (Londrina, Brasil) e a artista Diran Castro.
︎ Exposição "Estação de trabalho"
Inaugurada em 19 de dezembro de 2017, a mostra apresentou pesquisas em diversos formatos desenvolvidas ao longo do ano de atividade do Grupo de Estudos na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Com reuniões semanais, o grupo teve como foco o interesse comum na desconstrução de narrativas hegemônicas, seguindo uma dinâmica de trabalho composta pela produção de obras, exercícios político-estéticos e publicações em formato de fanzines – visando a livre circulação de conteúdos –, a partir das discussões suscitadas por leituras de pessoas oriundas do sul global que produzem pensamento e conhecimento por meio da escrita, análises de filmes, de conteúdo da web e situações do cotidiano.
Artistas participantes
Adriano Rampazzo (São Paulo, Brasil)
Carolina Sinhorelli (Porto Alegre, Brasil)
Diego Crux (São Paulo, Brasil)
João Carlos Teixeira (São Paulo, Brasil)
Jonas Van Holanda (Fortaleza, Brasil)
Julia Monteiro Viana (São Bernardo do Campo, Brasil)
Lipcia (Cochabamba, Bolivia)
Lucas Alameda (Belo Horizonte, Brasil)
Luciano Favaro
Maíra das Neves (São Paulo, Brasil)
Paula Van Erven (Rio de Janeiro, Brasil)
Sol Casal (Bueno Aires, Argentina)
Talita Caselato (Marília, Brasil)
Curadoria, organização e produção
Grupo de Estudos Lastro
︎ Série de cartazes Lastro na Oswald
Como celebração da parceria entre Lastro e a Oficina Oswald de Andrade, quinze artistas realizaram obras para serem apresentadas no formato de cartazes especialmente pensados para a ocasião. Impressos em fine art e expostos no espaço da Oswald, os cartazes se constituíram em uma coleção e fizeram parte dos materiais que sinalizavam visualmente a presença de Lastro na instituição.
Artistas participantes
Catalina Jaramillo (Colômbia)
Elena Landnez (Colômbia)
Emilia Estrada (Argentina)
Fernanda Porto e Laura Berbert (Fortaleza/Uberlândia)
João Carlos Teixeira (São Paulo)
Juliana Borzino (Rio de Janeiro)
Luciana Favaro (São Paulo)
Lipcia (Bolívia)
Maíra das Neves (São Paulo)
Mariana Moysés (Rio de Janeiro)
Martin Lenezan (Argentina)
Paula Van Erven (Rio de Janeiro)
Samuel Tomé (Itapipoca)